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Como diferentes cidades do planeta pensam, usam e transformam a iluminação pública?

O CePIL convida você a conhecer iniciativas inovadoras e inspiradoras em iluminação urbana adotadas em diversos contextos internacionais — de megacidades tecnológicas a pequenas comunidades em busca de acesso à luz como direito essencial.

A série “Iluminação ao Redor do Mundo” apresenta semanalmente casos emblemáticos que mostram como a luz pode ir muito além da função técnica: ela pode promover segurança, sustentabilidade, inclusão social, eficiência energética e até participação cidadã.


Paris

📍 Paris, França

Paris ficou conhecida como “Cidade Luz” muito antes da eletricidade. No século XVII, a cidade foi uma das primeiras a implementar uma política pública de iluminação com lanternas a óleo. Já no século XIX, tornou-se referência internacional ao adotar postes a gás, seguidos da iluminação elétrica.

Hoje, Paris combina preservação do patrimônio histórico com inovação. A cidade adotou iluminação LED com sensores que regulam a intensidade conforme o movimento nas ruas, respeitando monumentos e otimizando o consumo energético.

A estratégia reforça um modelo urbano que une memória, funcionalidade e sustentabilidade — uma verdadeira inspiração para políticas de iluminação pública.

📚 Keen, D. (2020). Lighting Paris: Urban Modernity and the City of Light. Journal of Urban History.


Medellín

📍 Medellín, Colômbia

Por muitos anos associada à violência, Medellín hoje é símbolo de transformação urbana — e a iluminação pública tem um papel central nesse processo. A cidade investiu na requalificação de espaços públicos com luz, sobretudo em áreas periféricas e socialmente vulneráveis.

O programa inclui escadas rolantes iluminadas, passarelas com LEDs e praças com iluminação cenográfica. A luz aqui vai além da função técnica: ela amplia a sensação de segurança, convida à ocupação do espaço público e fortalece o vínculo social.

Esse uso da iluminação como ferramenta de inclusão urbana é referência para cidades da América Latina e do mundo.

📚 Brand, P. (2013). Medellín: Inclusive Urban Innovation? City.


Singapura

📍 Singapura

Singapura é um dos melhores exemplos de como a iluminação pública pode ser parte de um ecossistema urbano inteligente. Com um parque de postes inteiramente digitalizado, a cidade utiliza sensores que ajustam automaticamente a intensidade da luz com base no tráfego, clima e hora do dia.

Além da economia de energia, o sistema fornece dados em tempo real que apoiam políticas públicas e manutenção preventiva. A integração da iluminação com outros serviços urbanos é um modelo eficiente de governança digital.

A cidade mostra como a tecnologia pode tornar os espaços urbanos mais sustentáveis e responsivos às necessidades da população.

📚 Lam, H. M. et al. (2020). Smart street lighting system in Singapore. IEEE Access.


Barcelona

📍 Barcelona, Espanha

Barcelona é uma das pioneiras na aplicação de Internet das Coisas (IoT) à gestão urbana — e a iluminação pública é um dos eixos centrais dessa estratégia. Os postes inteligentes da cidade não apenas iluminam, mas também monitoram a qualidade do ar, o nível de ruído e a movimentação nas ruas.

Essa infraestrutura conectada permite intervenções em tempo real e coleta de dados essenciais para o planejamento urbano. A iluminação passa a ser uma interface entre a cidade e seus cidadãos, reforçando a transparência e a gestão baseada em evidências.

📚 Batista, M. (2020). Smart Cities: A Spatialised Intelligence. Elsevier.


Los Angeles

📍 Los Angeles, EUA

Com mais de 215 mil luminárias trocadas por tecnologia LED, Los Angeles liderou um dos maiores programas de conversão do mundo. A iniciativa gerou uma economia de energia de 63%, além de reduzir significativamente a emissão de gases de efeito estufa.

Além dos ganhos ambientais e econômicos, a cidade adotou sistemas de telegestão, permitindo o controle remoto das luminárias e a detecção automática de falhas.

O projeto mostra como políticas públicas bem estruturadas podem transformar o parque de iluminação em um ativo estratégico para a sustentabilidade urbana.

📚 City of Los Angeles. LED Street Lighting Program Report, 2017.


Copenhague

📍 Copenhague, Dinamarca

Em Copenhague, a iluminação pública é desenhada com foco em pedestres e ciclistas. Em vez de postes altos e luz intensa, a cidade opta por lâmpadas mais baixas, com luz quente e direcionada, criando ambientes acolhedores e seguros.

A abordagem humanizada da iluminação fortalece o uso do espaço público, incentiva a mobilidade ativa e reduz o impacto visual da luz no ambiente urbano.

A experiência dinamarquesa mostra como o design urbano pode ser centrado nas pessoas — e a luz tem um papel decisivo nisso.

📚 Gehl, J. (2010). Cities for People. Island Press.


Tóquio

📍 Tóquio, Japão

Tóquio é mundialmente conhecida por seus bairros intensamente iluminados, como Shinjuku e Shibuya, onde luzes de LED e painéis digitais criam paisagens urbanas icônicas.

Mas além da estética futurista, Tóquio também investe em iluminação eficiente e funcional. Em áreas residenciais, a prioridade é reduzir a poluição luminosa e garantir a segurança dos pedestres com luz suave e bem distribuída.

A cidade equilibra tradição e inovação, mostrando que a iluminação pública pode dialogar com diferentes culturas e contextos urbanos.

📚 Dixon, J. (2019). Urban Lighting in Tokyo. Lighting Research & Technology.


Amsterdã

📍 Amsterdã, Países Baixos

Amsterdã está testando sistemas de iluminação adaptativa que ajustam a intensidade da luz com base na movimentação de pedestres e ciclistas. Quando não há tráfego, a luz diminui; ao detectar presença, ela se intensifica.

Além de reduzir o consumo energético, a medida reforça o compromisso da cidade com a mobilidade sustentável e o conforto urbano. É um exemplo de como a iluminação pode ser responsiva e eficiente ao mesmo tempo.

📚 Municipality of Amsterdam. Adaptive Lighting Trials Report, 2021.


Cidade do Cabo

📍 Cidade do Cabo, África do Sul

Em regiões periféricas da Cidade do Cabo, postes solares estão transformando a realidade de comunidades que antes viviam na escuridão. As instalações garantem acesso à iluminação mesmo fora da rede elétrica convencional.

Esses sistemas autônomos promovem segurança, ampliam o acesso a espaços públicos e são exemplos de justiça energética em ação.

Quando a luz chega onde antes havia invisibilidade, ela ilumina também direitos e cidadania.

📚 DE SATG. Solar Streetlights in South Africa’s Informal Settlements, 2019.


Buenos Aires

📍 Buenos Aires, Argentina

O programa “BA Ilumina”, da Prefeitura de Buenos Aires, modernizou toda a rede de iluminação da cidade com lâmpadas LED e envolveu a população no processo decisório. Moradores podiam indicar áreas mal iluminadas e acompanhar a instalação das novas luminárias.

Além dos ganhos ambientais, o projeto reforçou o vínculo entre governo e sociedade civil, promovendo confiança e corresponsabilidade.

Iluminar a cidade também é dar voz a quem nela vive.

📚 Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires. Plan BA Ilumina, 2022.


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