Aconteceu, no dia 10 de junho, no Vitória Concept Hotel, em Campinas, o primeiro Congresso Paulista de Iluminação e Cidades do Futuro. O evento reuniu gestores públicos, especialistas e acadêmicos para discutir a iluminação e o desenvolvimento de cidades mais inteligentes e sustentáveis.
Dentre os destaques do evento, o CePIL, representado por seu coordenador, Gilberto Jannuzzi, participou do painel “Iniciativas do Governo do Estado de São Paulo para as cidades”. Ao lado do CePIL, participaram das discussões, também, a subsecretária de Energia e Mineração do SEMIL São Paulo, Marisa Barros, e o professor Luiz C. P. da Silva, do Centro Paulista de Transição Energética (CePTEN) e Campus Sustentável UNICAMP.

As atividades do CePIL foram destaque durante as discussões. O coordenador do centro, Gilberto Jannuzzi, destacou, em sua fala inicial, a criação do Centro Paulista de Inovação em Iluminação Pública e o potencial de trabalho existente em pequenas e médias cidades do estado de São Paulo.
O CePIL foi uma proposta desenvolvida a partir de uma chamada da FAPESP para financiar Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCD). Havia o interesse da Secretaria, como a Marisa apresentou, no tema de iluminação pública, e a gente abraçou a ideia, especialmente no estado de São Paulo, que apresenta um potencial muito grande de eficiência energética em pequenos e médios municípios, principalmente. Esse é um assunto interessante não só do ponto de vista da eficiência energética, mas também do desenvolvimento regional e da modernização, por meio dos serviços de cidades inteligentes. Então, desenvolvemos uma agenda muito interessante, que foi contemplada com bolsas e com o suporte para a gente fazer pesquisa em inovação, desenvolvimento regional e iluminação pública e, com isso, a gente fez esse centro.
O Centro Paulista de Inovação em Iluminação Pública também foi ressaltado pela subsecretária de Energia e Mineração do SEMIL São Paulo, Marisa Barros, que apontou a importância da criação do centro:
Quando a gente iniciou esse projeto, fizemos com base em estudos que apontaram um potencial de melhoria da iluminação pública em dois terços dos municípios paulistas. A gente lançou esse tema como estratégico para o estado de São Paulo e trabalhamos junto à FAPESP e, nesse sentido, nasceu o CePIL, que é uma parceria que a gente acredita muito, que une esforços do setor privado, público e da academia. É uma parceria que já vem trazendo resultados desde já.
Gilberto Jannuzzi, por fim, destacou a importância do desenvolvimento do trabalho do CePIL para as pequenas e médias cidades paulistas levando, em consideração, o aspecto de análise de dados:
O nosso trabalho não é fazer projeto de iluminação ou ser uma firma que instala lâmpadas, isso não é papel da universidade. Estamos preocupados com outras coisas, como colocar inteligência nesse processo. Inteligência de dados é o centro do CePIL, na verdade. O que a gente faz para conhecer melhor os municípios paulistas é a utilização e a análise de dados, e isso será perene.
Além de discutir possíveis parcerias entre municípios e os centros de pesquisa, o evento contou, também, com debates sobre tecnologias em iluminação pública, cidades sustentáveis e aspectos tecnológicos e regulatórios da iluminação. Paulo Candura, especialista em iluminação, destacou a importância de se discutir esses temas em um evento como o CPIIC:
O serviço de iluminação pública é o mais capilar de um município. Qualquer atividade nossa precisa de uma tomada, um ponto de energia. E você tem isso em cada luminária de um município. E, nisso, você pode utilizar equipamentos com várias funções e infinitas possibilidades. A iluminação digital, por exemplo, abriu muitas possibilidades.
Marisa Barros, subsecretária de Energia e Mineração do SEMIL São Paulo, destacou a importância de se discutir a iluminação pública na perspectiva das mudanças climáticas e do desenvolvimento do bem-estar social:
A iluminação pública é um pilar que está dentro de um contexto, não só de redução de custos de um município quando ele pensa em eficientizar o seu parque de iluminação pública, mas ela está dentro de um contexto mais amplo de mudanças climáticas. E, olhando para a estratégia climática do estado de São Paulo, existem dois eixos muito claros: um eixo de mitigação e outro de adaptação. Então, a iluminação pública está no eixo de mitigação, em que a gente divide esforços para, como eu falei, melhorar a eficiência energética, reduzir o consumo de energia elétrica e, portanto, reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Porém, ao mesmo tempo, a gente olha a iluminação pública como um vetor de desenvolvimento, de bem-estar social e de segurança para a população.






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