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Centro de Cooperação Brasil-China será sediado na Unicamp

Lançamento Centro de Cooperação Tecnológica e Planejamento Energético Shandong-São Paulo, que tem como objetivo integrar equipes de pesquisa, treinar talentos internacionais e buscar projetos estratégicos em energias renováveis e neutralidade de carbono.

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Por: Cristiane Bergamini

Aconteceu, no dia 10 de março, na Unicamp, o lançamento Centro de Cooperação Tecnológica e Planejamento Energético Shandong-São Paulo, que tem como objetivo integrar equipes de pesquisa, treinar talentos internacionais e buscar projetos estratégicos em energias renováveis ​​e neutralidade de carbono.

De acordo com o Professor Gilberto Jannuzzi, Coordenador do Centro Paulista de Inovação em Iluminação Pública – CePIL, parceiro no projeto, o objetivo principal do Centro é reunir, organizar, equipar e dar suporte à pesquisa interdisciplinar em Planejamento Energético e Bioenergia na Unicamp, visando manter o status da universidade como um dos principais Centros de excelência em pesquisa, desenvolvimento e Inovação. Focado em fornecer soluções inovadoras e orientadas pela ciência, o Centro também promove a colaboração acadêmica industrial por meio do desenvolvimento de projetos impactantes.

Liderado pela UNICAMP e pelo Energy Institute/Qilu University of Technology/Shandong Academy of Sciences, o evento, que aconteceu na Inova/Unicamp, contou, do lado da China, com representantes do Governo da Província de Shandong, composta por dez integrantes, incluindo o Vice-Governador Song Junji e Representantes da Academia de Ciências de Shandong. Do lado do Brasil, estiveram presentes, além do Professor Gilberto Jannuzzi, o Reitor da Unicamp, Prof. Antônio José de Almeida Meirelles, a Vice-Reitora para Assuntos de Pesquisa, Profª Dra. Ana Frattini, o Diretor Executivo do Assuntos Internacionais, Prof. Dr. Osvaldir Pereira Taranto, Assessor do Diretor de Assuntos Internacionais, Prof. Dr. Rafael de Brito Dias, o Vice Coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético, Professor José Maria Ferreira Jardim da Silveira; membros da Reitoria, Relações Institucionais, do Instituto Confúcio, Inova e coordenadores de Centros de Pesquisas sediados na Unicamp.

Durante o evento, o Reitor falou sobre a importância de intercâmbios internacionais para as pesquisas brasileiras e a posição de destaque que a Unicamp pode ter com essas pesquisas.

“Esse encontro com cientistas, políticos, pesquisadores da região de Shandong, na China, é uma visita muito importante para a gente porque tem uma relação muito forte com temas de pesquisa em transição energética que são, de fato, de grande interesse para a Unicamp, no desenvolvimento de uma economia renovável e de baixo carbono. Como sabemos, a China, hoje, é o país que mais produz energia fotovoltaica no mundo, que mais produz a energia eólica, que tem, talvez, a indústria mais forte na produção de carros elétricos.

Reitor

O Brasil está muito bem localizado internacionalmente nos países que têm esse tipo de desenvolvimento. Então, nós temos aqui a colaboração de um país que tem a fronteira desse desenvolvimento e, de outro, que está aproveitando muito bem os seus recursos naturais e aquilo que ele tem de disponibilidade. Essa colaboração, com certeza, vai nos levar a frente na história da transição de uma economia baseada em recursos renováveis. O Brasil fez muito, mas podemos fazer mais e temos a certeza de que a Unicamp terá um papel de destaque regional, estadual e nacional nessa transição.”

“Como estamos na encruzilhada da urgência climática e da possibilidade tecnológica, a parceria Brasil-China representa mais do que cooperação bilateral – é um protótipo para compartilhamento de conhecimento Sul-Sul”, completa Gilberto Jannuzzi.

Já o vice-governador da Shandong, Song Junji, falou sobre o desenvolvimento da província chinesa, fortes investimentos em pesquisas e interesses cada vez maiores em parcerias que proporcionem intercâmbios internacionais: “Shandong está entre as três principais províncias da China. É forte em tecnologia. Contamos com mais de 50 mil empresas de médio e pequeno porte que trabalham com algum tipo de inovação. Além disso, mais de 35 mil empresas que trabalham com tecnologias de ponta. Em termos de investimento em pesquisa, isso representa 88% do nosso PIB. Desenvolvemos mais de 140 projetos de pesquisa científica e tecnológica e, entre eles, 35 que ganharam algum prêmio em nível internacional”.

Song Junji destacou, em seu discurso, as vantagens da parceria com a Unicamp:

vice-governador

“Sabemos que a Unicamp tem suas vantagens acadêmicas em hidrogênio verde, tecnologias em armazenamento de energia e smart grid. A Província é umas das maiores em termos de população. Também somos grandes em produção e consumo de energia.

Para marcar o início do Centro, foi assinado um memorando de entendimento pelo Reitor da Unicamp e pela Vice-diretora do Escritório de Cooperação Internacional da Universidade de Tecnologia de Qilu (Academia de Ciência de Shandong)), Shao Xiaobo (Rosie).

“Hoje nós vamos assinar um acordo de entendimentos das duas partes e acredito que até o fim do ano devemos configurar novas parcerias e os fundos necessários para executar esse trabalho”
(Gilberto Jannuzzi)

Durante a solenidade aconteceu também o descerramento da placa pelo Professor Gilberto Jannuzzi e pelo Diretor do Instituto de Pesquisa em Energia da Universidade de Tecnologia Qilu, Si Hongyu.


De acordo com o professor Gilberto Jannuzzi, a cooperação entre o Estado de São Paulo e a Província de Shandong se origina do Regional Leaders Summit (RLS), um fórum que reúne sete governos regionais de cinco continentes. Essas regiões incluem Baviera (Alemanha), Geórgia (EUA), Québec (Canadá), São Paulo (Brasil), Shandong (China), Alta Áustria (Áustria) e Cabo Ocidental (África do Sul).

“Desde 2002, os chefes de governo dessas regiões se reúnem a cada dois anos para uma cúpula política, fornecendo uma plataforma para diálogo e colaboração de alto nível. A colaboração científica entre essas regiões, agora conhecida como RLS-Sciences, começou, inicialmente em 2002, com foco em energia renovável.

A colaboração recente de Shandong dentro da RLS – Science Network focou em energia verde e tecnologias de baixo carbono. Em 2023, Shandong apresentou avanços em hidrogênio verde e armazenamento de energia na cúpula Science and Digital Week, seguida pela co-sede do Fórum Internacional de Energia Renovável.

Em 2024, a parceria acelerou e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) aprovou um projeto para apoiar eficiência e inovação em iluminação pública, conhecido agora como CePIL, que é liderado pela UNICAMP e tem a importante participação dos nossos amigos chineses no Energy Research Institute.

Estamos certamente animados em colaborar com os especialistas de Shandong, especialmente em áreas científicas de ponta de resfriamento por LED e tecnologias de controle adaptativo. Já assinamos um Acordo-Quadro entre o CePIL-UNICAMP e o Instituto de Pesquisa Energética de Shandong,” explica Jannuzzi.

O Reitor da Unicamp também agradeceu a participação do Professor Jannuzzi que propiciou esse intercâmbio e destacou a importância de pesquisas no tema:

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